segunda-feira, 16 de julho de 2012

Finalmente 2 crias de pintassilgo!

Já tinha perdido a ilusão de mais uma vez conseguir obter crias de pintassilgo parva. Um casal já tinha feito 2 ninhos uma postura com 4 ovos, segunda postura com 2 ovos, mas nestas duas situações a fêmea não assentava no choco. Quando vi que tinha construído o 3º ninho deixei de ir ver, ignorei. A curiosidade foi maior e quando meti a mão no ninho senti 2 ovos. A minha consciência falou "isto não vai dar nada são 2 ovos e até podem não estar galados". Deixei tudo a sorte de Deus, nem apontei a data da postura e nem o inicio do choco pois a fêmea não era certa na incubação. Passados uns tempos voltei a meter a mão no ninho e senti qualquer coisa. Pensei "uiii não pode ser..." Sem pensar nas consequências de uma rejeição da ninhada, peguei no ninho na mão. Lá estavam 2 crias pequeninas com o papo cheio, deviam ter no máximo, 2 dias. Outra etapa e duvida era : " devo anilhar ou não? e se anilho e a fêmea não aceita e joga fora do ninho as crias... lá se vai mais uma ninhada." Como estou registado no ICNB tinha de os anilhar, aves não anilhadas são ilegais mesmo nascidas de pais registados. A anilha identifica o individuo é um Bilhete de Identidade da ave. Já anilhei passadas umas horas e antes do dia acabar fui ver se havia crias no chão, mas não vi nada.

A saga das criações só acaba com o inicio da muda da pena. Quanto a esta ninhada espero que salte fora do ninho aos 15 dias. Foi com muita alegria passado mais um ano que volto a ver  nascer crias de pintassilgo. Até chegarem a idade adulta falta ainda percorrer um longo caminho, mas como dizem os chineses " as grandes caminhadas começam com pequenos passos..."

segunda-feira, 2 de julho de 2012

2012 ano zero?

Os pintassilgos Carduelis parva, são aves fabulosas ao nivel da criação em ambiente domestico para mim não são aves fáceis de reproduzir. As razões são variadas. 
 
1-Nem todas as fêmeas são calmas e por vezes nem chegam a por ovos. Também se não aceitarem bem a papa de ovo e comerem pouca quantidade não chegam a encher. Para haver ovulação tem de ser consumidos alimentos ricos em proteínas como o ovo ou alimento insectívoro (pinkies, búfalos ou tenebrios).
 
2-Os pintassilgos podem ser portadores ou sofrerem de parasitismos como p. ex. coccidiose em vários graus. Sendo esta doença parasitária localizada nos intestinos as substancias nutritivas não são devidamente absorvidas pelo  organismo da ave. Não é por acaso que as aves perdem massa corporal e o osso da quilha fica afiado e alguns criadores dizem que ave sofre da doença da faça.
 
No caso 1 acontece que se tentarmos criar em gaiolas pintassilgos habituados a viveiros podemos fracassar pois as fêmeas podem não iniciar o ciclo reprodutivo. Penso que foi o que me aconteceu com um casal de Parvas 2011 adquirido a um criador de Almada.  Uma outra fêmea de 2011 que eu tenho num viveiro grande(junto com 2 machos) não come muita papa, por isso vai ser difícil ela encher e fazer ninho e depois colocar ovos.
 
Caso 2 - Outra fêmea também adquirida ao criador de Almada como não mostrava sinais de cio, peguei nela na mão e soprei as penas do ventre e vi-o vermelho, sinal de problemas intestinais (talvez coccidiose). Estou a fazer tratamento com Baycox. 
 
Teoricamente tenho 3 casais arrumados que nem começaram o ciclo reprodutivo...
 
Um casal de Parvas criados cá em casa e sobreviventes de um azar que tive no ano passado, já me fizeram 2  ninhos com 2 posturas, mas a fêmea não foi ao choco. Hoje 1 de julho vi que estava no ninho e resolvi não entrar no viveiro. Agora falta confirmar se tem ovos e quantos. acontece que nas 2 primeiras posturas andei a mexer no ninho e a substituir os ovos. Fiz mal pois a fêmea é nova e não gostou da confiança.

O único casal de C. carduelis  major já me fez 2 posturas de 4 ovos cada e numa gaiola dupla pequena. Infelizmente os ovos estavam brancos. Aqui o problema é mesmo o macho, falta-me descobrir qual o problema. Nestes casos não gosto de encharcar os passarocos com medicamentos ser ter uma suspeita. Também não sou apologista de misturar raças/subespécies. Se calhar estou errado pois a nível de concurso desportivo o que conta mais é o desenho e não o tamanho do pintassilgo.
 
 
Oiço muitas histórias só de sucessos na criação de pintassilgos. A minha realidade é bem diferente pois todos os anos me aparecem novos desafios que a minha maneira vou ultrapassando com mais ou menos sucesso.
 
Criar pintassilgos não é o mesmo que os capturar e reciclar...