sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Plantas Selvagens na Alimentação das Aves

Introdução

Escrevi, no final do seculo passado (17-10-2004), para o site do CIOM Clube Independente Ornitológico de Matosinhos um artigo sobre as plantas selvagens ou espontâneas que ocorrem em Portugal. Neste artigo vou acrescentar mais algumas plantas.

É triste termos de admitir que a nossa civilização tem vindo a romper com uma força cada vez maior e brutal os laços que durante milhares de anos ligavam o homem à Natureza. Os nossos antepassados conheciam as propriedades das diversas plantas muito melhor que a geração actual da era atómica.

Muitos de nós caminhamos todos os dias de olhos fechados, e passamos ao lado da beleza e singularidade de muitas plantas selvagens. As plantas que nos rodeiam parecem banais, e muitas vezes nem sabemos os seus nomes, para que servem, para nós são estranhas .

As aves no estado selvagem alimentam-se de substancias vegetais nomeadamente de sementes, muitas ainda não completamente maduras. Durante a Primavera, período de acasalamento, incubação e criação de aves, é uma época de grande oferta e variedade de plantas selvagens.

Não podemos oferecer às nossas aves todas as variedades de alimentos que existem na Natureza. Devemos ter cuidado com os locais onde vamos recolher esses vegetais. Infelizmente são poucos os locais baldios e terrenos não contaminados com lixo ou produtos químicos agrícolas. Devemos evitar recolher plantas em zonas industrias e nas bermas das estradas pois estão impregnadas com os fumos dos automóveis. Um princípio básico só colher plantas de locais que não sofreram acção de produtos químicos.

Todas as plantas apresentadas são vulgares, e conhecidas como ervas daninhas. Nenhuma está em perigo ou é espécie protegida, podendo ser colhida sem reservas. Todas elas podem ser encontradas nos quintais.


Dente de leão  

E - Diente de león o amargón; F - Pissenlit; GB - Dendelion; D - Kuklumme
Taraxacum officinale

Habitat
O dente de leão cresce em todo o lado.  Prefere os bordos das estradas e caminhos, os campos e chega a ser uma praga nos relvados e quintais.
Floração
Planta vivaz floresce de Abril a Junho.
Utilização
Folhas ricas em vit. C. Sementes (2) muito apreciadas pelas aves indígenas.
Características
Planta medicinal, usada para combater males do fígado. Excelente para a digestão.
Contem uma substância amarga a taraxina usada em homeopatia.


Cabelo de Cão ou Erva com um Ano

F-Paturin annuel; GB - Annual beadow-grass; D- Einjahirges rispengras
Poa annua

                                    
Habitat
Jardins, quintais relvados e terrenos incultos.
Floração
Planta anual ou bianual quando nasce no Outono. Floresce de Fevereiro a Setembro.
Utilização
As sementes (1) são apreciadas por todas as aves. Estimulam a reprodução de todas as aves.
Características
Propaga-se por semente, planta muito resistente de crescimento fácil encontra-se em todo o lado.

Tanchagem ou Carrajó

E - llantén; F - Plantain lancéolé; GB - Lanceolate palntain; D - Spitz-wegerich 
Plantago lanceolata
Habitat
Campos, ao longo dos caminhos, e terrenos baldios, nos quintais.
Floração
Planta vivaz, floresce de Maio a Outubro.
Utilização
Capsulas (1) de sementes a partir de Agosto quando ficam castanhas. Apreciadas pelas aves indígenas e canários. Planta favorece a muda das penas. Caules com sementes podem ser presos às grades da gaiola com uma mola da roupa.
Características
As folhas são usadas em chá devido às suas propriedades anti-bacterianas.  
Serralha ou Leituga
E - Cerrajas; F - Laiteron maraîcher; GB - Common sowthistle; D - Hohl-gansedistel
Sonchus oleraceus 
Habitat
Solos ligeiros e húmidos de campos, quintais, valetas de caminhos.
Floração
Planta anual, floresce de Junho a Setembro.
Utilização
Colher as flores e caules com sementes maduras são apreciadas pelos canários e aves indígenas.
Características
Planta liberta um látex quando cortada.


Morugem-Branca ou Agrião dos Prados

E - Álsine o hierba pamplina; F - Mouron des oiseaux; GB - Chickweed; D - Vogelmeire
Stellaria media
  
Habitat
Cresce em terrenos férteis com húmus. Encontra-se nas hortas e quintais.
Floração
Planta anual, floresce de Fevereiro a Dezembro.
Utilização
Deve ser colhida e servida fresca. Colher as flores e caules com sementes verdes são apreciadas pelos canários e aves indígenas.
Características
Ter atenção à cor das flores, devem ser brancas.
Evitar confundir com outras plantas venenosas parecidas com flores azuis ou vermelhas.

Erva da Muda  - Beldroega (Portulaca oleraceus)
Numa conversa no clube CIOM falaram-me desta erva que nesta altura do mês de Agosto aparece nos quintais aqui na região do Porto situada a norte de Portugal.
Utilização fornecer às aves como verdura.
 Experimentei e foi muito apreciada pelos canários. Comeram as folhas carnudas.
Não conheço o seu nome científico. Se alguém me puder ajudar na sua identificação fico muito grato.
30 Agosto de 2004

Observações:

A época de floração pode variar de região para região e os meses são indicados somente a título informativo. por exemplo aqui na região do Porto, Norte de Portugal, em Dezembro o Dente de Leão e a Morugem em Novembro já tem flor, assim como a Erva com um Ano e o Carrajo, aparecem já em Dezembro com algumas sementes.

Nota final: Hoje ja aparecem produtos para aves a base de extratos de plantas. ALgumas empresas ja apresentam linhas especificas para ornitologia. Num proximo artigo irei apresentar aqueles que conheço e alguns que utilizo.

Este arigo será atualizado com fotografias das plantas aqui mencionadas.

Todos os comentarios são benvindos.



quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Procurando fêmeas pintassilgo Parva

Procuro fêmeas pintassilgo Parva criadas em ambiente domestico. Conheço e tenho alguns contactos de criadores de pintassilgos, mas criam pintassilgos Major. Os criadores de pintassilgos Parva são poucos e nem todos são reconhecidos pelas autoridades... Não quero aves de captura pois são um risco legal e sanitário.

Nestas situações complicadas o melhor é pôr os amigos a prova e pedir ajuda. Sem grandes esperanças de sucesso lançei um apelo e fiquei a espera. Apareceram algumas propostas que rejeitei logo. Finalmente uma boa noticia... Um criador vai sair do país e quer ceder os seus pintassilgos. Do pequeno lote constam 2 fêmeas anilha 2,5 mm ano 2015. Bingo! Via facebook arranjo contacto telefonico e vou visitar o criador. As aves estão ainda a meio da muda da pena. As 2 fêmeas eleitas estão um pouco fracas. Não tenho alternativa trago-as.

Chegado a casa coloco as duas na estufa regulada a 26 ºC. Quando peguei nelas sinto o peito afiado e confirmo faltam algumas das penas da cauda e as das asas estão estragadas. No bebedouro coloco um cocidiostatico 3 dias. Depois alguns dias complexo vitaminas B. Parece que tudo esta a correr bem... Numa manhã antes de sair para o trabalho vou dar uma vista de olhos e primeira desilusão uma das fêmeas jaz imovel no chão da gaiola. O mundo desabou por uns segundos, durante o dia tento me recompor... Os dias passam devagar e a irmã alimenta a minha esperança de voltar a ver nascer pintassilgos em ambiente domestico...

domingo, 3 de julho de 2016

Desilusão...

Desilusão afinal fiz mais um casal de machos. Peguei na suposta fêmea muda e na barriguinha amarela apareceu um espigãozinho. Penso que agora não ha duvidas, nesta altura sem sinais de nidificação e o aparecimento do espigão, mascara relativamente grande.

Um ano perdido e confirmação de ter 3 machos um ainda não o vi cantar. Agora cada um esta no seu aposento. Vamos ver o que me reserva o futuro...

domingo, 19 de junho de 2016

Hoje aprendi mais um pouco

No inicio deste ano a empresa onde trabalho mudou de local. Agora que fica mais distante da minha residencia ja não venho almoçar a casa e não posso atender os passaros ao meio-dia. Consciente desta situação fiquei so com 2 fêmeas e um macho, pois o tempo seria muito limitado para os cuidar.

Em março juntei um casal ela de mascara pequena e ele boa mascara duas malhas brancas grandes na parte inferior das penas da cauda. A mãe desta fêmea era muito arisca e desentendia-se com os machos, mas criava muito bem. Neste casal também havia conflito os dois baloiçavam e a fêmea parecia que cantava. O tempo de observação do casal era escasso, não havia sinais de nidificação, mas de aspeto para mim um de mascara grande e outro de mascara pequena era um casal.


Como este casal não se entendia resolvi juntar o macho de mascara grande a outra fêmea que tinha uma mascara grande e que não cantava. Como o viveiro deste casal era ao lado do da fêmea de mascara pequena, notei que esta continuava a provocar o macho separado. Achei estranho da "guerra" continuar, mas lembrei-me a mãe ja era assim e não estranhei que esta fêmea tivesse um canto "fraco/pouco variado".

Hoje como não via grande andamento neste novo casal de mascaras grandes resolvi pegar na fêmea de mascara pequena. SURPRESA! uiii uma fêmea com espigão??? Pois é verdade não havia duvida eu tinha 2 machos e uma fêmea de mascara grande. Na duvida confirmei o sexo da fêmea e vi que tem o ventre amarelo e muito redondinho, não canta e é mais sossegada...

Nova alteração de planos juntei o macho de mascara pequena e fêmea de mascara grande. Hoje aprendi mais um pouco...

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

64 Campeonato Mundial de Aves de Criação Domestica

No proximo sabado tenciono visitar o 64 Campeonato Mundial de Aves de Criação Domestica.
A decorrer na EXPONOR na cidade de Matosinhos.


Um evento a não perder apesar do bilhete de entrada custar 11 euros.